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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Eis que um velho...



Eis que um velho de aspeito venerando
Que comandara mal a nossa gente
Vendo este  povo em lágrimas, chorando
A perda do seu “ Rei” tão duramente,
Tomou o microfone . Eis se não quando,
Num estilo bem pior que antigamente
Ao “Rei” se referindo, mas sem jeito,
Tais palavras tirou de experto  peito  :

“-Era um bom jogador, mas sem cultura;
E era um homem bom, mas que bebia”…!
O povo ouvindo esta criatura
Já nem acreditava no que ouvia.
Perde então um pouco a compostura
Perante o desrespeito que sentia
Pelo ídolo que agora se finara
E que em grande homenagem recordara.

Alevanta-se, então um admirador
Que, sem se aguentar, ergueu a fala:
-O "Rei" fez tudo bem sem ser doutor,
É esta multidão que o assinala;
Se é o que sabe dizer em seu louvor…
Maior a gratidão p’r a quem se cala,
E  apetece-me dizer-lhe, sem que o peça:

-Vá lá, Sr. Doutor, DESAPAREÇA !" 

1 comentário:

Nuno Sentieiro Marques disse...

Poeta a brincar e a brincar se trata do sério que não merece ser tratado de uma forma séria...
O jeito, forma e conteúdo, foram bem escolhidos para o tema em concreto :-)
Abraço